Faltando pouco menos de duas semanas para o Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, alunos de todo o Brasil já estão se preparando para fazer a prova. No dia 4 de novembro, os candidatos terão cinco horas e meia para responder a questões de linguagens, ciências humanas e fazer a tão temida redação.
Para o professor da Universidade de São Paulo Adriano Chan, os candidatos costumam ter dificuldades na redação principalmente por conta da linguagem exigida para elaboração do texto.
O professor destaca que todos os alunos devem reler a redação e observar se o texto está dentro do recorte temático proposto pela prova. Além disso, os estudantes devem ficar ligados e usar sempre repertório externo, ou seja, devem apresentar ideias que vão além daquelas já apresentadas no texto-base da prova.
Para Adriano, o texto fica mais rico quando o aluno utiliza argumentos históricos e literários para comprovar o ponto de vista que está defendendo. O professor lembra, ainda, que os estudantes precisam se atentar a três mudanças no Enem 2018 para correção das redações.
“São três novidades: a primeira é que temos uma coesão mais quantitativa e não apenas qualitativa. A segunda: é importante prestar atenção em justificar os agentes, as ações, os meios que você está utilizando na proposta de intervenção. A terceira é que você precisa demonstrar com mais clareza a relação entre o seu repertório e as ideias que você está defendendo”.
Outro ponto polêmico entre os alunos - e que sempre é motivo de temor - é o tema da redação. O professor Adriano lembra que o mais importante para esse momento é que o aluno acompanhe as notícias do cotidiano e fique sempre antenado às notícias que mais repercutem na mídia. O educador arrisca alguns temas que podem cair no Enem deste ano.
“Há alguns temas em que é preciso ter atenção para o Enem desse ano, porque eles tiveram em discussão na mídia. O primeiro é a utilização de animais em rituais sagrados. O segundo é a questão do patrimônio histórico e como tem sido degradado e, por fim, um tema que tem todo mundo apostando por conta das publicações que o Inep vem fazendo no Twitter, que é o preconceito linguístico. Acho que esse último tema não deve cair porque ele vem sendo muito debatido e é mais ou menos esperado”.
Por último, mas não menos importante, o professor Adriano lembra que os candidatos devem ficar atentos ao horário de início da prova. Neste ano, o primeiro final de semana da prova, que será feita no sábado, dia 4 de novembro, coincide também com o começo do horário de verão no Brasil. Isso significa que o Enem vai ser aplicado em horários diferentes pelo país, apesar de todas as aplicações respeitarem o horário oficial de Brasília. Assim sendo, pelo horário da capital, os portões serão abertos ao meio-dia e fechados a uma hora da tarde. A prova começa às 13h30 e a aplicação do Exame se encerra à sete da noite.
Reportagem, Juliana Gonçalves